Clínica-Escola de Fisioterapia atende crianças amazonenses com deficiência mental
Comentário SACI: Publicada em 26 de outubro de 2004
Mães e filhos somam cerca de um terço da população, e
o que acontece à saúde, nesta fase de vida, por conseguinte, pode ter
reflexos em parte da vida de todas as pessoas. Assim, a promoção da
saúde materno-infantil destaca-se entre as ações básicas em saúde
pública, dada a extensão do problema na comunidade (Wegman, 1976).
Diante desta premissa e conscientes da relevância
social exercida pela deficiência mental onde, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), a Deficiência Mental (DM) é conceituada como uma
série de alterações psíquicas, mentais, físicas e cognitivas que em
última instância prejudicarão o indivíduo no desenvolvimento pleno de
suas habilidades (OMS, 1980).
A implantação do serviço de fisioterapia em primeira
instância foi idealizada para que pudesse suprir a carência de
atendimento especializado relacionado à reabilitação e recuperação
funcional de crianças portadoras de Deficiência Mental severa e moderada
locadas na ADEME - Associação Amazonense de pais de deficientes
mentais, além de propiciar a reinserção destes na sociedade.
Secundário a estas, destacamos a integração e
aproximação alcançadas entre dois ramos indispensáveis que compõem a
sociedade: Instituição de Ensino Superior e a sociedade de uma forma
geral, juntos, engajados em prol do processo de viabilização social.
Os objetivos do projeto são:
Geral: Promoção da saúde por intervenção direta da
Fisioterapia e acompanhamento interdisciplinar, visando à melhora da
qualidade de vida de crianças com Deficiência Mental severa e moderada,
promovendo sua independência funcional e integração social.
Específico: Desenvolvimento de atividades relacionadas à prevenção materna como forma de diminuir a incidência de DM.
Zelar pela prevenção da qualidade de vida, autonomia e dignidade da criança especial.
Reinserção social do deficiente mental e de seus familiares de forma ativa, participativa e integral.
Contribuir no processo de Ensino-aprendizado,
propiciando ao futuro profissional Fisioterapeuta o conhecimento da
realidade amazônica, ressaltando a necessidade de sua atuação em áreas
básicas da saúde.
Desenvolver habilidades cinético-funcionais impedindo a instalação de patologias mórbidas e inatividade global.
Quanto à metodologia e procedimentos, há uma lista de
cadastro que consta de 344 crianças distribuídas e sob os cuidados
fisioterapêuticos nas especialidades de hidroterapia e neuro-funcional.
Efetuado pelos graduandos do último período do curso
de Fisioterapia do campus Paulista, o atendimento é realizado de segunda
a sexta-feira em dois turnos das 8h às 11h e de 13h às 16h30, sendo que
as turmas se revezam para que toda a demanda seja atendida com a mesma
qualidade.
Além da atuação descrita, contamos com atendimentos
especializados de Psicologia, Serviço Social e Fonoaudiologia, visando,
desta maneira, à assistência integral das crianças especiais.
São realizadas palestras de cunho educativo,
atividades laborais, atendimento de fisioterapia neuro-funcional e em
hidroterapia e encaminhamentos a serviços específicos não disponíveis.
A fisioterapia em saúde pública especificamente para a
Deficiência Mental deveria ser uma preocupação presente para os
governantes e administradores; preocupação esta traduzida em
ações/medidas preventivas.
Contudo, as pessoas responsáveis pela administração
pública necessitam de subsídios para a tomada de decisões. Nesse
sentido, a descrição do que pode ser feito, e do que está sendo
realizado, inclusive com a identificação de agentes envolvidos, pode
facilitar o processo de decidir.
A Universidade Paulista tem efetivado seu papel de
agente engajado em atividades sociais por intermédio de sua
Clínica-Escola de Fisioterapia aberta à sociedade amazonense bem como na
prestação de serviços extra-instituição, entretanto é imprescindível
que este exemplo seja perpetuado para a melhoria da saúde pública de uma
forma geral.
A equipe é formada pelo coordenador do projeto,
professor mestre Daniel Xavier (Fisioterapeuta), acadêmicos do último
período de Fisioterapia da UNIP, Margarete Meneses (Educadora Física),
Abdias Barros (Fisioterapeuta), Tânia Rodrigues (Assistente Social).
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