Especializanda Karen Santos
A fisioterapia é vista
como parte integrante do tratamento de pacientes nas unidades de terapia
intensiva (UTI). O repouso no leito tem sido prescrito em uma ampla gama de condições
em doentes críticos¹. Por muito tempo
acreditava-se que esse tipo de paciente deveria permanecer em repouso no leito,
porque não seria capaz de tolerar qualquer nível de atividade física precoce, mas esse
tratamento contribuía para que as complicações como: descondicionamento físico,
fraqueza muscular, dispnéia, depressão, ansiedade e redução da percepção da
qualidade de vida, afetassem mais rápido o paciente, causando um aumento no tempo
de desmame, internação, o risco de infecções e conseqüentemente
morbimortalidade. ²
Fisiopatologicamente,
mecanismos importantes, como imobilidade, inflamação local e sistêmica,
utilização de fármacos como corticóides, relaxantes musculares e antibióticos,
desnutrição e situações catabólicas, agem sinergicamente para promover a perda
de massa muscular significativa no doente criticamente enfermo.¹
Estudos surgiram e a mobilização precoce foi preconizada como um
tratamento eficaz para o paciente crítico. A mobilização é uma atividade física
suficiente para provocar efeitos fisiológicos agudos como: otimizar o
transporte de oxigênio através do aumento da relação ventilação-perfusão (V/Q),
aumento dos volumes pulmonares, redução do trabalho respiratório, minimização
do trabalho cardíaco e aumento do clearance mucociliar. ²
O procedimento é viável e seguro, que
promove aumento da força muscular, aumentando assim a resistência do paciente e
melhora do quadro respiratório e motor. A mobilização precoce inclui atividades
terapêuticas progressivas, tais como,
exercícios motores na cama, sedestação à beira leito, ortostatismo,
transferência para a cadeira e deambulação. ³
exercícios motores na cama, sedestação à beira leito, ortostatismo,
transferência para a cadeira e deambulação. ³
Existem critérios de segurança
para iniciar a mobilização precoce em pacientes críticos: Ausência de
recentes mudanças no ECG de repouso, PaCO2 de 50-55 mmHg, Ventilação minuto pelo
peso corporalØ> 150
ml/kg, FR até 30 irm. E Algumas Contra-indicações
devem ser levadas em consideração: Choque cardiogênico com PAM <
60mmHg, Ausência de pulso periférico e déficit de perfusão, Após 2 horas de
iniciada a hemodiálise ou já ter sido realizada a filtragem de 3.000ml, Quadro de TCE grave sem monitorização da PIC.²
A reabilitação de pacientes com doenças
respiratórias vem sendo bem estabelecida com crescente aceitação, como meio de
aliviar os sintomas e otimizar a função, independentemente do estágio da
doença. Entretanto,
atualmente não existem protocolos padrões que orientem o treinamento físico
desses pacientes críticos. Tal fato é importante, uma vez que esses doentes têm
uma taxa elevada de morbimortalidade, comprometimento da função respiratória
com conseqüente redução da qualidade de vida e elevados custos dos cuidados em
saúde.⁴
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
Mobilização
precoce na uti: Uma atualização. Early Mobilization in the Icu: An Update (
CLARISSA SANDERS, FRANCISCO OLIVEIRA, GRACIELE SOUZA, MILENA MEDRADO).
2.
http://fisioterapiamanaus.com.br/mobilizacao-precoce-em-paciente acessado em 27 de junho de 2013.
3.
http://blogs.unigranrio.com.br/unigranfisio/2012/06/20/a-importancia-da-mobilizacao-precoce-na-uti/
acessado em 27 de junho de 2013.
4.
Influência
da mobilização precoce na força muscular periférica e respiratória em pacientes
críticos. (Camila Moura DantasI;
Priscila Figueiredo dos Santos SilvaI; Fabio Henrique Tavares de
SiqueiraII; ).
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