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terça-feira, 2 de julho de 2013

Mobilização passiva precoce em pacientes na UTI.



Especializanda Karen Santos


A fisioterapia é vista como parte integrante do tratamento de pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI). O repouso no leito tem sido prescrito em uma ampla gama de condições em doentes críticos¹.  Por muito tempo acreditava-se que esse tipo de paciente deveria permanecer em repouso no leito, porque não seria capaz de tolerar qualquer nível de atividade física precoce, mas esse tratamento contribuía para que as complicações como: descondicionamento físico, fraqueza muscular, dispnéia, depressão, ansiedade e redução da percepção da qualidade de vida, afetassem mais rápido o paciente, causando um aumento no tempo de desmame, internação, o risco de infecções e conseqüentemente morbimortalidade. ²
Fisiopatologicamente, mecanismos importantes, como imobilidade, inflamação local e sistêmica, utilização de fármacos como corticóides, relaxantes musculares e antibióticos, desnutrição e situações catabólicas, agem sinergicamente para promover a perda de massa muscular significativa no doente criticamente enfermo.¹
Estudos surgiram e a mobilização precoce foi preconizada como um tratamento eficaz para o paciente crítico. A mobilização é uma atividade física suficiente para provocar efeitos fisiológicos agudos como: otimizar o transporte de oxigênio através do aumento da relação ventilação-perfusão (V/Q), aumento dos volumes pulmonares, redução do trabalho respiratório, minimização do trabalho cardíaco e aumento do clearance mucociliar. ²
O procedimento é viável e seguro, que promove aumento da força muscular, aumentando assim a resistência do paciente e melhora do quadro respiratório e motor. A mobilização precoce inclui atividades terapêuticas progressivas, tais como,
exercícios motores na cama, sedestação à beira leito, ortostatismo,
transferência para a cadeira e deambulação. ³
Existem critérios de segurança para iniciar a mobilização precoce em pacientes críticos: Ausência de recentes mudanças no ECG de repouso,  PaCO2 de 50-55 mmHg, Ventilação minuto pelo peso corporalØ> 150 ml/kg, FR até 30 irm. E Algumas Contra-indicações devem ser levadas em consideração: Choque cardiogênico com PAM < 60mmHg, Ausência de pulso periférico e déficit de perfusão, Após 2 horas de iniciada a hemodiálise ou já ter sido realizada a filtragem de 3.000ml,  Quadro de TCE grave sem monitorização da PIC.²
A reabilitação de pacientes com doenças respiratórias vem sendo bem estabelecida com crescente aceitação, como meio de aliviar os sintomas e otimizar a função, independentemente do estágio da doença.  Entretanto, atualmente não existem protocolos padrões que orientem o treinamento físico desses pacientes críticos. Tal fato é importante, uma vez que esses doentes têm uma taxa elevada de morbimortalidade, comprometimento da função respiratória com conseqüente redução da qualidade de vida e elevados custos dos cuidados em saúde.⁴
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1.      Mobilização precoce na uti: Uma atualização. Early Mobilization in the Icu: An Update ( CLARISSA SANDERS, FRANCISCO OLIVEIRA, GRACIELE SOUZA, MILENA MEDRADO).

2.      http://fisioterapiamanaus.com.br/mobilizacao-precoce-em-paciente  acessado em 27 de junho de 2013.


4.      Influência da mobilização precoce na força muscular periférica e respiratória em pacientes críticos. (Camila Moura DantasI; Priscila Figueiredo dos Santos SilvaI; Fabio Henrique Tavares de SiqueiraII; ).


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