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terça-feira, 2 de julho de 2013

Ventilação Mecânica Não Invasiva


Especializanda Kamilla Caldas

A ventilação não invasiva (VNI) refere-se à aplicação de um suporte ventilatório sem recurso a métodos invasivos da via aérea (entubação orotraqueal – EOT – e traqueostomia). Em crescente uso, tem um papel cada vez mais importante, quer em patologia aguda, quer na da doença respiratória crónica. 
A ventilação por pressão positiva continua nas vias aéreas (CPAP) é constituída de um único nível de pressão, que permanece nos pulmão independente da fase do ciclo respiratório do paciente. Dessa forma, nesse tipo de ventilação, tem-se apenas um aumento na capacidade residual funcional, sem aumento significativo no volume corrente. Por esse motivo, deve-se utilizar a CPAP apenas em pacientes que apresentam um prejuízo quanto à oxigenação, seja pela redução da capacidade residual funcional (atelectasia) ou pelo aumento na espessura da membrana respiratória (EAP). O BIPAP é constituído por dois níveis de pressão nas vias aéreas, em que o nível IPAP é puramente inspiratório e o EPAP é produzido na fase expiratória do ciclo respiratório, fazendo com que o paciente tenha um suporte pressorio variável nas duas fases do ciclo respiratório. Dessa forma, existe uma variação de pressão na fase inspiratória que, por sua vez, determina uma variação de volume, o qual pode ser alto ou baixo de acordo com o diferencial de pressão existente nas vias aéreas.
A VMNI tem como principais efeitos no sistema respiratório: aumento da capacidade residual funcional, alteração do volume corrente e de ventilação minuto, que por si sós, podem alterar os níveis de CO2 arterial.
Esses efeitos são importantes para manter uma função pulmonar estável em todos os períodos pós-operatório, corrigindo alterações que possam vir a se desenvolver.
Objetivos da VMNI: Aumenta a ventilação alveolar; Melhora as trocas gasosas pulmonares; Diminui o trabalho respiratório; Repouso parcial da musculatura respiratória; Manutenção e melhora dos volumes pulmonares; Diminuição da dispneia; Eliminação da necessidade de entubação orotraqueal.
Indicações: Insuficiência respiratória aguda e crônica; EAP cardiogênica; DPOC; Doença neuromuscular; Doenças deformantes do tórax; PO de cirurgia toracicoadominais; Insuficiência respiratória pós-extubação e no auxilio do desmame; Apneia do sono obstrutiva; Hipoventilação pulmonar; Evitar atelectasia; Ventilação domiciliar.
Contra-indicações absolutas: Parada respiratória; Necessidade imediata de entubação traqueal; Hipotensão c/ necessidade de drogas vasopressoras; Obstrução mecânica das vias aereas superiores; Arritmias incontroladas; Isquemia miocárdica; Trauma facial; Inabilidade em eliminar secreções ou deglutir; Rebaixamento do nível de consciência; Sangramento gastrointestinal ativo; Pneumoencefalo; Pneumotorax não drenado;Hemoptise e epistaxe maciça; Paciente pouco colaborativo.

Complicações: Necrose facial; Distensão abdominal; Aspiração de conteúdo gástrico; Hipoxemia transitória; Ressecamento nasal, oral e de conjuntiva.
Vantagens da VMNI: Evita entubação; Preserva vias aeras superiores; Diminuir risco de infecção pulmonar; Menor chance de causar hipotensão; Menor necessidade de sedação.
Desvantagens da VMNI: Risco de vômitos e aspiração de conteúdo gástrico; Risco de distensão abdominal.
Ventilação c/ pressão negativa: Ela é similar à ventilação espontânea. A VPN diminui a pressão pleural durante a inspiração ao expor o tórax à pressão subatmosferica. Esta pressão negativa na superfície do corpo é transmitida inicialmente ao espaço pleural e, em seguida, aos alvéolos. Como a abertura das vias aéreas permanece exposta à pressão atmosférica durante a VPN, é criado um gradiente de pressão transitório como o gerado durante a ventilação espontânea.
Ventilação c/ pressão positiva: A ventilação com pressão positiva reverte os gradientes de pressão observados durante a ventilação espontânea e a VPN.
O gás flui para o interior dos pulmões porque a pressão na abertura das vias aéreas é positiva, enquanto a pressão alveolar inicialmente é zero. No entanto, a pressão alveolar aumenta rapidamente durante a fase inspiratória da VPP até um nível bem acima da pressão atmosférica.


Referencias:
http://servidor3.fes.br/disciplinas/fis/Terapia_Intensiva/Ventila%E7%E3o%20N%E3o%20Invasiva%20com%20Press%E3o%20Positiva.ppt#256,1,Ventilação
http://www.homefisio.com.br/t_respiradores_mecanicos_n_invasivo.html
Sarmento GJV, fisioterapia respiratoria no pcte critico, rotinas clinicas, segunda ed.,2007
Scanlan LC, et al, fundamentos da terapia respiraoria de EGAN, setima ed., 2000.

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