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segunda-feira, 9 de abril de 2018

Um pouquinho mais sobre o câncer de Mama ...

Carcinoma Invasivo x In situ na neoplasia de mama
Orientador: Daniel Xavier
 
O Carcinoma ductal in situ é um tipo de tumor não invasivo (estágio 0). Os cânceres não invasivos permanecem dentro dos ductos ou lobos mamários, não invadindo os tecidos normais adjacentes ou fora da mama, não tem a capacidade de se disseminar pelo corpo e não são letais, em contrapartida, a presença deles indica um risco aumentado de desenvolver-se um tumor invasivo.

Se o tumor consegue atravessar a membrana basal, invadindo os tecidos normais e se disseminando, este é denominado carcinoma invasivo, pois as células cancerígenas se espalham, através da corrente sanguínea, também denominado tumor metastático. As descrições do tipo de células cancerígenas são:

Carcinoma Ductal in situ - É um tumor não invasivo, permanecendo no interior dos ductos mamários.

Carcinoma Lobular in situ - É um crescimento excessivo do tumor, mas que permanece no interior dos lobos mamários, sem disseminar-se e corresponde a um poder metastático aumentado.

Carcinoma Invasivo SOE (sem outras especificações) - É um tipo de tumor que tem origem no ducto mamário, mas que se desenvolve no tecido normal adjacente dentro da mama, antes denominado “carcinoma ductal invasivo”.

Carcinoma Lobular Invasivo -
Tumor que se origina no interior dos lobos, crescendo no tecido normal adjacente e com poder de disseminação pela corrente sanguínea.

Grau do tumor
 
Para os tipos de tumores invasivos, atribui-se uma classificação histológica para determinar em que grau se encontra o tumor. Este grau descreve a estrutura das células e é diferente de estágio tumoral e corresponde, segundo a classificação de Nottigham, em:
  • Grau I (bem diferenciado) - As células cancerígenas se parecem mais com as células do tecido normal e são de crescimento lento.
  • Grau II (moderadamente diferenciado) - É uma espécie de transição entre os graus, pois as células cancerígenas se situam entre o grau I e II.
  • Grau III (pouco diferenciado) - As células cancerígenas são muito diferentes das células do tecido normal e apresentam um crescimento acelerado.

Status do Receptor Hormonal 
Os receptores hormonais são proteínas encontradas dentro de algumas células cancerígenas e estão ligados ao crescimento tumoral.
ER+/PR+ - Têm muitos receptores hormonais
ER-/PR- - Têm poucos receptores hormonais ou nenhum
tal status de receptor hormonal ajuda a direcionar e orientar o tratamento do paciente, pois se o ER/PR for positivo, o tratamento incluirá hormonioterapia (tamoxifeno ou inibidores de aromatase) agindo como bloqueador hormonal, evitando o crescimento tumoral através dos hormônios. Se o ER/PR for negativo, a hormonioterapia não é prescrita, pois o crescimento tumoral independe dos hormônios circulantes.
 
Status HER2 
O Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico Humano 2 - HER2 é uma proteína que aparece na superfície de algumas células cancerígenas de mama, é uma proteína importante da via para o crescimento celular e sobrevida.

  • HER2+ têm muita proteína (hiperexpressão da HER2)
  • HER2- têm pouca ou nenhuma expressão da HER2
Para tumores HER2+ o tratamento é direcionado com anti-HER2 (trastuzumab, pertuzumab, entre outros). Para determinar as formas do status HER2, são através dos exames:
  • Imunohistoquímico - Mostra a quantidade de HER2 na superfície das células cancerígenas
  • Hibridização Fluorescente in situ (FISH) - Mostra se existem muitas cópias do gene HER2 nas células cancerígenas.
Anticorpo Ki67  
O anticorpo Ki67 é uma imunoglobulina da classe G1 (IgG1) que é produzido contra antígeno nuclear específico de células Reed-Sternberg, a determinação do índice de proliferação celular de neoplasias através do Ki67 constitui um meio simples de avaliação do crescimento das populações celulares tanto normais quanto neoplásicas. Valores altos representam uma maior taxa de proliferação celular. 
 
Referências Bibliográficas
Santos, NRA - Imunoexpressão de Ki67 e P53 em Pacientes Portadores de Câncer de Reto Tratados Com Terapia Neoadjuvante; São Paulo, 2007.
Controle do Câncer de Mama: Documento de Consenso; Rev. Bras. de Cancerologia, 2004; disponível em: http://www1.inca.gov.br.
Instituto Oncoguia - Conteúdo de um Laudo de Patologia de Câncer de Mama, 2014; disponível em: http://www.oncoguia.org.br.

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