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quinta-feira, 13 de junho de 2013
CONTRA – INDICAÇÕES DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI)
Especializanda: Wilgria Mércia Palheta
de Sousa
A ventilação não invasiva (VNI) refere-se à aplicação de um suporte
ventilatório sem recurso a métodos invasivos da via aérea (entubação
orotraqueal – EOT – e traqueostomia). Em crescente uso, tem um papel cada vez
mais importante, quer em patologia aguda (unidades de cuidados intensivos),
quer na da doença respiratória crônica.
Os objetivos da VNI são a diminuição do trabalho respiratório, o repouso
dos músculos respiratórios, a melhoria das trocas gasosas e, nos doentes com
doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a diminuição a auto-Peep (positive expiratory end pressure). Tem
como principais vantagens evitar a EOT, com a consequente diminuição dos riscos
associados, nomeadamente infecções nosocomiais e lesão traqueal, evitando o
trabalho dinâmico imposto pelo tubo endotraqueal; não sendo necessária sedação,
permite ao doente falar, manter tosse eficaz e alimentação oral. É fácil de
instituir e de retirar e pode ser efetuada fora de uma unidade de cuidados
intensivos (UCI). Acarreta, por isso, uma diminuição do tempo de internamento
hospitalar, da mortalidade e uma diminuição dos custos.
A ventilação não-invasiva por pressão positiva vem sendo
utilizada como um dos recursos fisioterapêuticos para o tratamento de pacientes
cardiopatas, sendo discutível o seu benefício no Edema Agudo Pulmonar
Cardiogênico, insuficiência respiratória sobre as condições ventilatórias e
hemodinâmicas (OLIVEIRA, 2006, apud SILVA, 2007).
Conforme explica Barreto (2003), o tratamento ocorre da seguinte
maneira: a) pelo Suporte ventilatório, com oxigenioterapia, que é quando o
paciente recebe oxigênio suplementar por máscara facial aberta com fluxo
inicial de 5 a 10 L/min. Ou Ventilação Não-Invasiva que proporciona a redução
da pré e pós-carga promovendo a melhora da contratilidade do ventrículo
esquerdo. Aumenta a complacência pulmonar recrutando alvéolos pulmonares
previamente colabados e se realiza de duas formas: Pressão positiva Contínua
(CPAP) e Ventilação em benível pressórico (BPAP). Para o autor essas duas
formas de ventilação não-invasiva aceleram a melhora clínica e gasométrica e diminuem
a necessidade de intubação orotraqueal. Também pode ser realizado o tratamento
com ventilação invasiva, que é indicada
quando ocorre rebaixamento do nível de consciência, no aparecimento de sinais
clínicos de fadiga de musculatura acessória, nos casos de hipoxemia refratária
e na presença de acidose respiratória. Essa conduta é dada a pacientes com IAM
com indicação de angioplastia primária, naqueles com taquiarritmias com
necessidade de cardioversão elétrica e em pacientes com choque cardiogênico. Há
também um tratamento medicamentoso, onde as drogas de primeira linha são os
nitratos, os diuréticos de alça e a morfina. (OLIVEIRA,2006, apud Silva 2007).
Segundo o Consenso de
Ventilação Não Invasiva com Pressão Positiva (BACH e cols., 1997 in Peter 2006),
os critérios de seleção para se indicar VNI aos pacientes devem incluir pelo
menos dois dos descritos abaixo: - desconforto respiratório com dispnéia
moderada ou severa, uso de musculatura acessória, respiração paradoxal: - pH
< 7,35 e P3CO2> 45mmHg; - FR > 25 irpm (adulto).
INDICAÇÕES:
Doença pulmonar obstrutiva
crônica; Doenças pulmonares restritivas; Doenças neuromusculares; Síndrome da
apnéia obstrutiva do sono; Insuficiência cardíaca congestiva; Desmame da
ventilação mecânica invasiva; Edema agudo pulmonar cardiogênico.
Pós operatório de cirurgias
tóraco-abdominais; Pneumonias; Hipoventilação pulmonar e Ventilação domiciliar.
CONTRA INDICAÇÕES:
- Absolutas:
Parada cardiorrespiratória ou
necessidade de intubação traqueal, paciente colaborativo, pós operatório
recente de cirurgia facial, esofágica ou gástrica, hipoxemia ou hipercapnia
refratária com pH < 7,25, instabilidade neurológica com perda do reflexo
protetor e redução do nível de consciência, alterações anatómicas pneumotórax
não drenado. (AZEREDO,2002).
- Relativas:
Ansiedade extrema, obesidade
mórbida, secreção pulmonar abundante, presença de ílio, síndrome do desconforto
respiratório agudo com hipoxemia grave, instabilidade cardiovascular,
instabilidade hemodinâmica. (AZEREDO,2002).
O uso da ventilação
mecânica não invasiva é contra-indicado para pacientes com parada
cardiorrespiratória, respiração agônica, choque e/ou instabilidade hemodinâmica
severa, isquemia miocárdica e arritmia ventricular clínicamente significativa.
Esta abordagem
também é contra-indicada nos casos de
pacientes com alterações no nível de consciência ou incapacidade de colaborar,
entre eles: encefalopatia grave, rebaixamento do nível de consciência (Glasgow
< 8) ou agitação extrema (GAMBARATO 2006).
Como a VNI é uma modalidade
de suporte ventilatório parcial e sujeita a interrupções, essa técnica não deve
ser utilizada em pacientes totalmente dependentes da ventilação mecânica para
se manterem vivos. Da mesma forma, pela inexistência de uma prótese traqueal a
ventilação não invasiva só deve ser utilizada naqueles pacientes capazes de
manter a permeabilidade da via aérea superior, assim como a integridade dos
mecanismos de deglutição e a capacidade de mobilizar secreções. Instabilidade
hemodinâmica grave, caracterizada pelo uso de aminas vasopressoras, e arritmias
complexas são consideradas contra-indicações para o uso da ventilação não
invasiva pela maioria dos autores. Pacientes com distensão abdominal ou vômitos
não devem utilizar ventilação não - invasiva pelo risco de aspiração.
Pós-operatório imediato de cirurgia do esôfago é contra-indicação para
ventilação não invasiva, entretanto dúvidas persistem acerca da segurança do
seu uso no pós-operatório de cirurgias gástricas. Trauma de face, lesão aguda
e/ou sangramento de via aérea são também consideradas limitações para o uso da
ventilação não invasiva. (SCHETTINO, 2007).
Entretanto, a ventilação
não-invasiva por pressão positiva vem sendo utilizada por Fisioterapeutas para
o tratamento do EAPC. A VNI apresenta indicações e contra-indicações, facilita
o desmame de ventilação invasiva. No EAPC ela é muito indicada, além de outras
patologias. As contra-indicações absolutas são para aqueles pacientes
acometidos de parada cardiorespiratória ou com necessidade de entubação traqueal,
paciente colaborativo, pós-operatório recente de cirurgia facial, esofógica ou
gástrica, hipoxemia ou hipercapnia refratória, pacientes sem consciência. Já as
relativas são referentes a extrema ansiedade, obesidade, mórrbida, secreção
pulmonar abundante presença de ílio, síndrome do desconforto respiratório agudo
com hipoxemia grave, instabilidade cardiovascular e instabilidade hemodinâmica.
Sua principal vantagem é a de se evitar a intubação endotraqueal e suas
complicações. Mas também facilita a aplicação e remoção, redução da necessidade
de sedação, preservação da comunicação, expectoração e alimentação preservação
das funções e defesas das vias aéreas superiores. Os
efeitos fisiológicos da CPAP incluem: aumento do debito cardíaco, fornecimento
de oxigênio, diminuição da pós-carga do ventrículo esquerdo, melhora da
capacidade residual funcional e da mecânica ventilatória e conseqüente redução
do esforço ventilatório. Atualmente, tem-se referido que o uso da BIPAP reduz
de forma mais significante o trabalho ventilatório e a fadiga do que a CPAP.
Referências Bibliográficas:
AZEREDO, L. C A C. Técnicas para o Desmame
no Ventilador Mecânico. São Paulo: Manole, 2002.
BARRETO, S.S. Rotinas em Terapia Intensiva,
3ª edição, 2003: 76-81
GAMBARATO, Gilberto. Fisioterapia
respiratória em unidade de terapia intensiva. São Paulo:
Atheneu, 2006.
OLIVEIRA, J. L. C. O uso da Pressão
Positiva Contínua nas Vias Aéreas em pacientes com Edema Agudo de Pulmão
associado à Insuficiência Ventricular Esquerda. FisioBrasil. v. 10, n. 75,
p.08-13, jan/fev. 2006.
SILVA, Rodolfo Luiz da. Abordagem
Ventilatória Não-Invasiva No Tratamento Do Edema Agudo Pulmonar Cardiogênico –
CPAP X BIPAP.UNIVAP: São José dos Campos, 2007.
SCHETTINO, Guilherme P. P. et al. Ventilação
Mecânica Não Invasiva com Pressão Positiva. Revista
Brasileira de Terapia Intensiva. Vol. 19. n° 2. Abril / Junho de 2007.
terça-feira, 11 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Pós Graduanda em Fisioterapia Intensiva: Mariana Trindade
As unidades de terapia intensiva por muito
tempo foram compostas basicamente por médicos e enfermeiros, mas com o avanço
da medicina e das pesquisas em saúde houve a necessidade de acrescentar outros
profissionais especializados, a fim de dispersa o que eram de exclusivas responsabilidades
de médicos e enfermeiros. Com isso essas unidades, passaram a ser formadas por
equipes multidisciplinares no qual o fisioterapeuta foi incluído e reconhecido devido
a sua atuação e relevância no atendimento dos pacientes.
Segundo
Presto et al (2009), a fisioterapia intensiva é uma especialidade nova que vem crescendo
e ganhando seu espaço nas unidades de terapia intensiva, umas vez que o fisioterapeuta
atua desde a prevenção, realibilitação e alta do paciente. Devido a esse crescimento,
as exigências quanto a melhorias nas habilidades de uma avaliação à beira do leito
estão sendo cada vez mais imprescindíveis e de súmula importância ao que diz
respeito à elaboração de uma conduta terapêutica que promova, da forma mais
pratica e rápida possível, a evolução e alta desse paciente destas unidades. A
avaliação é considerada pelo fisioterapeuta com um dos critérios mais importantes
para elaboração de seu plano de tratamento, haja vista que a avaliação evita
que técnicas desnecessárias e inadequadas sejam administradas pelo
profissional, diminuído possíveis agravos ao paciente uma avaliação breve
permite que se explorem rapidamente órgãos e sistemas corporais como:
cardiopulmonar, tegumentar, musculoesquelético e neuromuscular. Diante de uma
avaliação o fisioterapeuta pode planejar um tratamento eficaz de acordo com as
necessidades de cada paciente. A Avaliação exige do fisioterapeuta uma visão
sistêmica do paciente, com algumas peculiaridades, uma delas é falta de tempo
para avaliar, pois nem sempre estará disponível para realizar uma avaliação por
completa, devido alguns pacientes serem admitidos na UTI com um quadro agudo
precisando de intervenção fisioterapêutica imediata, por outro a pacientes que
chegam estáveis logo podendo realizar uma avaliação mais completa.
O
profissional precisa ser um generalista e conhecer assuntos sobre ventilação
mecânica, sistema respiratório, interpretação de exames laboratoriais, e de
imagens para que se possa elabora um plano de tratamento.
Segundo
Sarmento (2010) sem uma avaliação bem realizada é impossível identificar
alterações apresentadas pelo paciente bem como traçar e realizar a conduta
fisioterapêutica adequada, para que haja uma boa evolução e alta o mais rápido
possível, pois quanto mais tempo o paciente ficar internado UTI mais chances de
complicações ele poderá ter. São vários os fatores que devem ser avaliados com
frequência para assegurar um bom atendimento ao paciente, haja vista que os
pacientes internados nas unidades de terapia intensiva estão sujeitos a
alterações hemodinâmicas, cardíacas, respiratórias, neurológicas, ortopédicas e
etc.
Os
sinais e sintomas apresentados pelo paciente influenciam bastante a tratamento
e direcionam as investigações subsequentes, pacientes internados nas UTIs
geralmente apresentam comprometimento importante em sua função pulmonar,
podendo ser modificado e ou variar de um instante para o outro a avaliação deve
conter inicialmente identificação do paciente, logo sinais vitais, exame
físico, exames complementares e laboratoriais que irão contribuir na conduta a
ser realizada Deve ser realizada primeiramente uma anamnese colhendo os dados
pessoais do paciente bem como dados pertinentes sobre o paciente desde o momento
da sua internação, como histórias da doença atual, patológica pregressa, social
e familiar deste paciente, alem de identificar na Historia clinica o sexo,
idade, altura, peso, endereço, telefone para contato, estado civil, numero de
dias de internação, dias de acessos periféricos e centrais, diagnostico médico
dentre outros, estes dados basicamente são de grande importância para o
paciente. A avaliação de ser constante e deve ser realizada a cada troca de
plantão, pelo fisioterapeuta verificando o prontuário do paciente e as condutas
já realizadas, verificando a efetividade do tratamento e se tal conduta esta
refletindo melhora no quadro do paciente, tudo deve ser anotado no prontuário.
A
diversidade de informações que o hemograma pode fornecer, embora em geral
bastante inespecíficas, torna esse exame subsidiário um dos mais solicitados
nas práticas clínica e cirúrgica. As informações fornecidas pela análise do
sangue periférico pretendem responder a duas questões básicas: a medula óssea
está produzindo um número suficiente de células maduras de diferentes linhagens?
os processos de proliferação, diferenciação e aquisição de funções de cada tipo
celular estão se desenvolvendo de maneira adequada em todas as linhagens
celulares? Essas perguntas podem ser respondidas pelos parâmetros numéricos
fornecidos pelos sistemas hematológicos automatizados e pelo exame morfológico
das células à microscopia óptica. Assim, a somatória da análise de: aspectos
quantitativos + aspectos morfológicos + conhecimento fisiopatológico dos
distúrbios da hematopoiese será de grande auxílio diagnóstico em diversas
condições clínicas, servindo de importante subsídio para a observação da medula
óssea, podendo ser indicativas de diversos distúrbios medulares.
Um
estudo realizado em 2002 com o objetivo de identificar os componentes do
hemograma considerados úteis na prática clínica revelou resultados
interessantes. Somente 4 dos 11 parâmetros rotineiramente fornecidos foram
selecionados como úteis e frequentemente utilizados por mais de 90% dos
profissionais inquiridos: dosagem de hemoglobina (Hb), determinação do
hematócrito (Ht), contagens de plaquetas e de leucócitos.
ERITROGRAMA
O
eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos glóbulos vermelhos,
ou seja, das hemácias, também chamadas de eritrócitos.
Vejam
esse exemplo fictício abaixo. Lembre-se que os valores de referência podem
variar entre laboratórios.
Tabela: MD Saúde
Os
três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são
analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo
número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam
policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes.
Se
por um lado, a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro,
células vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu
fluxo e favorecendo a formação de coágulos.
LEUCOGRAMA
É
o estudo dos leucócitos células responsável pela defesa celular e imunidade do
organismo. Quando há o aumento dos Leucócitos é porque o paciente esta com
alguma infecção, isto é chamada leucocitose que pode estar relacionada com
necrose tecidual, infarto queimaduras dentre outros pode também vir a ocorrer a diminuição dos leucócitos
levando a uma leucopenia, o que tornara o paciente mais propicio a infecções,
pode ser causada por utilização de medicamentos tais com anti-hipertensivos,
antibióticos e ou por substâncias utilizadas em tratamento de diabéticos e ou
por drogas quimioterápicas. Os leucócitos são, na verdade, um grupo de
diferentes células, com diferentes funções no sistema imune. Alguns leucócitos
atacam diretamente o invasor, outros produzem anticorpos, outros apenas fazem a
identificação e assim por diante.O valor normal dos leucócitos varia entre 4000
e 11000 células por mm³ de sangue.
PLAQUETOMETRIA
As
plaquetas são as células responsáveis pelo início do processo de coagulação.
Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente
encaminha as plaquetas ao local da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um
trombo, uma espécie de rolha ou tampão, que imediatamente estanca o
sangramento. Graças à ação das plaquetas, o organismo tem tempo de reparar os
tecido lesados sem que haja muita perda de sangue.
O
valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL).
Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades
em iniciar a coagulação.
Quando
os valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte uma
vez que pode haver sangramentos espontâneos.
Quando
elevadas são chamadas de trombocitose e quando diminuída de trombocitopenia.
Pacientes com as plaquetas muito baixas estão mais predispostos a sangramentos,
e plaquetas muito elevadas podem levar a formação de trombos.
A
interpretação do hemograma não se restringe as modificações qualitativas e
quantitativas de seus elementos aliadas as às degenerações e outras alterações.
É necessária a avaliação dos dados clínicos junto com o exame físico do
paciente, para que se forme um quadro hematológico completo, o que facilita o
diagnóstico.
INTERAÇOES
FISIOTERAPÊUTICAS
LEUCOGRAMA
|
Leucocitoses >14.000
células/mm³ podem comprometer o desmame ventilatório devido ao quadro
infeccioso.
|
Leucopenia < 4.000
células/mm³: pacientes podem estar mais suscetíveis a infecções oportunistas,
que podem comprometer sua estabilidade clínica.
|
ERITROGRAMA
|
Hemoglobina<9g/dL pode indicar insucesso
do desmame
|
Atividades de reabilitação com o paciente
apresentando hematócrito <30% e ou hemoglobina <9g/dL podem levar o
paciente a comprometimentos como IRpa,
DPOC ou IAM (cardiopatias)
|
PLAQUETOMETRIA
|
Pacientes com trombocitose acentuada
>600.000 células/mm³ podem apresentar maior risco de acidentes
tromboembólicos.
|
Pacientes com trombocitopenia acentuada
(<100.000 células/mm³) são mais suscetíveis a riscos de apresentarem
esquimoses e hematomas após abordagem fisioterapêutica.
|
Tabela:NASCIMENTO 2011
REFERÊNCIAS
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Yonnara D´Angelo de Oliveira Lopes, Dayana
Priscila Maia Mejia.Pós-graduação em Terapia Intensiva – Faculdade Ávila. www.portalbiocursos.com.br/artigos/fisio_intensiva/23.pdf
FISIOTERAPIA
NO PACIENTE CRÍTICO EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
(UTI) COM TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO E TRAUMA
TORACOABDOMINAL
FECHADO.Lucimara
Toledo Machovsk, Maurícia Cristina Mirian C. da Costa Fagundes.Faculdade
União das Américas - Uniamérica, Foz do Iguaçu, Paraná.
O HEMOGRAMA:
IMPORTÂNCIA PARA A INTERPRETAÇÃO DA BIÓPSIA. BLOOD CELL ANALYSIS: THE IMPORTANCE FOR BIOPSY
INTERPRETATION.Helena
Z. W. Grotto. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2009;31(3):178-182.
FISIOTERAPIA NO
PACIENTE SOB VENTILAÇÃO MECÂNICA.PHYSIOTHERAPY ON THE MECHANICALLY
VENTILATED PATIENTS.George Jerre1, Marcelo A. Beraldo2, Thelso de Jesus Silva3, Ada Gastaldi4, Claudia Kondo5 ,Fábia Leme6, Fernando Guimarães7, Germano Forti Junior8, Jeanette J. J. Lucato9, Joaquim M. Veja10, Alexandre Luque11, Mauro R. Tucci12, Valdelis N. Okamoto13.Revista
Brasileira de Terapia Intensiva
Vol.
19 Nº 3, Julho-Setembro, 2007.
Interpretação de
Exames Laboratoriais para o Fisioterapeuta. Alexandre do Nascimento
Justiniano.Editora Rubio LTDA 2011. http://issuu.com/editorarubio/docs/interpretacaoexameslaboratoriaisparafisioterapeuta
CRITÉRIOS E UTILIZAÇÃO DA MANOBRA DE PEEP-ZEEP
Pós Graduanda em Fisioterapia Intensiva: Josiane Coelho Silva do Nascimento
Segundo Santos
et al (2009), os pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva (VMI) que
lhes fornece um sistema de ventilação e oxigenação com a finalidade de manter
uma adequada ventilação alveolar, restaurar o equilíbrio ácido-básico e reduzir
o trabalho respiratório, acabam apresentando diversos componentes que
dificultam a depuração das secreções pulmonares como inadequada umidificação,
altas frações de oxigênio, uso de sedativos e ou anestésicos, doenças
pulmonares basais e a presença de uma via aérea artificial que dificulta,
mecanicamente, a eliminação das secreções na altura da traquéia. A retenção de
secreção contribui para episódios de hipoxemia, atelectasia e pneumonia
associada ao ventilador. No tratamento de pacientes que recebem VMI, a
fisioterapia respiratória tem como objetivo melhorar sua função pulmonar,
através da desobstrução brônquica, da expansão das áreas pulmonares colapsadas,
e conseqüentemente equilíbrio da relação ventilação/perfusão. Alguns estudos
demonstraram a eficácia da fisioterapia na resolução de atelectasias e promoção
de higiene brônquica.
As manobras de
higiene brônquica objetivam a mobilização e eliminação de secreções pulmonares.
Essas manobras incluem drenagem postural, tapotagem, pressão torácica,
vibrações torácicas, Huffing e a compressão torácica associada a ZEEP ( zero
and expiratory pressure), a qual consiste na elevação da PEEP até um mínimo de
10cmH2O. Um instante antes de realizar as manobras de vibrocompressão torácica,
zera-se a PEEP elevando-a, em seguida, para seu valor normal. Esta técnica
auxilia na mobilização de secreções brônquicas de pacientes submetidos a VM,
mas está contra-indicada na presença de instabilidade hemodinâmica, de
hipertensão intracraniana e fístula broncopleural (COSTA, 2004).
Nesta técnica,
ocorre insuflação dos pulmões por meio do aumento da PEEP, seguido de rápida
descompressão pulmonar pela redução abrupta da PEEP até zero cmH20, acompanhada
pela vibrocompressão torácica manual. Teoricamente, ao aumentar a PEEP por um
intervalo mínimo de 30 segundos o gás é redistribuído através da ventilação
colateral, alcançando alvéolos adjacentes previamente colapsados por muco. Essa
redistribuição propicia a reabertura de pequenas vias aéreas descolando o muco
aderido à sua parede. Posteriormente, ao diminuir a PEEP para 0 cmH2O,
altera-se o padrão de fluxo expiratório interferindo no mecanismo de duas fases
e potencializando o carreamento das secreções descoladas (RODRIGUES, 2007).
Na técnica PZ o
fluxo inspiratório se mantém inalterado e ocorre elevação significante do fluxo
expiratório no momento da redução da PEEP para zero (ZEEP). Este efeito ocorre,
sobretudo, pela súbita despressurização da via aérea associada à compressão
torácica manual, o que gera aumento do volume corrente exalado em um menor
tempo expiratório. É possível pensar que uma das vantagens desta técnica seja a
mimetização da tosse, com a saída rápida de ar dos pulmões sem a desconexão do
ventilador. Esta técnica tem características peculiares em relação às demais,
principalmente pela manutenção da conexão paciente/ventilador, bem como, o
controle preciso das variáveis de fluxos e pressões impostas ao sistema
respiratório durante a execução da técnica (RODRIGUES, 2007).
Referências
Costa, Dirceu. Fisioterapia respiratória básica. São
Paulo: Editora Atheneu, 2004.
Rodrigues, M. V.
H. Estudo do comportamento hemodinâmico, da troca gasosa, da mecânica
respiratória e da análise do muco brônquico na aplicação de técnicas de remoção
de secreção brônquica em pacientes sob ventilação mecânica. São Paulo, 2007. Disponível em www.cardiopneumo.incor.usp.br/...
Santos, F. R. A.; Júnior, l. c. s.; Júnior, L. A. F.; Veronezi, J. Efeitos
da compressão torácica manual versus a manobra de PEEP-ZEEP na complacência do
sistema respiratório e na oxigenação de pacientes submetidos à ventilação
mecânica invasiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2009; 21(2):155-161. Disponível
em www.scielo.br/pdf/rbti/v21n2/07.
Atuação da Fisioterapia no paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica
Pós Graduanda em Fisioterapia Intensiva: Monik Pinagé
A
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neuromuscular de caráter
degenerativo e de causa desconhecida, que compromete tanto o Sistema Nervoso
Central quanto o Periférico. Esta afecção é caracterizada pela morte seletiva
de um grupo de neurônios motores da medula, do tronco cerebral e das vias
cortico-espinhais e cortico-bulbares. A insuficiência respiratória progressiva
é a principal causa de morte nos pacientes acometidos (BANDEIRA; QUADROS;
ALMEIDA; CALDEIRA, 2010).
A
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é considerada a doença de características
mais devastadoras entre todas. Seu diagnóstico é carregado de fatalismo e seu
estudo tem sido objeto de trabalho de um grande número de pesquisadores em todo
mundo (XEREZ, 2008).
O fisioterapeuta
deve atender às necessidades individuais de cada paciente, considerando-se o
grau de força muscular dos membros superiores e inferiores, o tônus muscular, o
padrão da marcha e o gasto de energia necessário para a realização de
determinadas atividades. Demonstraram que o uso de órteses em pacientes com
comprometimento da função respiratória requer maior dispêndio de energia do que
a sua não utilização (FACCHINETTI; ORSINI; LIMA, 2009).
Apesar dos
benefícios relacionados à prática de exercícios mencionados nos estudos
anteriores, ambos excluem os pacientes em estágios mais avançados da doença e
que possivelmente apresentariam algum tipo de limitação para a realização dos
exercícios (FACCHINETTI; ORSINI; LIMA, 2009).
Com a falta de
movimentos nos membros inferiores, o risco de Trombose venosa profunda aumenta.
São recomendadas medidas gerais, como elevação dos MMII, fisioterapia e uso de
meio elástica (XEREZ, 2008).
Apesar do
prognóstico reservado dos pacientes com ELA, um programa de exercícios de
fortalecimento pode ser um componente essencial do tratamento; Variáveis como
estágio da doença, intensidade e carga dos exercícios devem ser consideradas
antes da elaboração de um plano de tratamento e frequentemente revisadas; A
prática regular de exercícios de carga e intensidade moderadas pode resultar em
melhora do déficit motor, da capacidade funcional e da qualidade de vida. É
possível que o uso da ventilação não invasiva durante a realização dos
exercícios permita uma maior tolerância à prática de atividades físicas e, por
isso, reduza as complicações associadas à imobilidade, atenuando-se desta forma
a taxa de progressão da doença (FACCHINETTI; ORSINI; LIMA, 2009).
A fisiopatologia
da insuficiência respiratória nas doenças neuromusculares é complexa e pode
envolver inúmeros fatores associados ou não. Alterações no controle da
ventilação, aparecimento de sinais de fadiga muscular respiratória, alterações
nas propriedades mecânicas do sistema respiratório, mudanças na troca gasosa,
especialmente no período noturno, e a disfunção do trato respiratório superior
são algumas possibilidades. Para quantificar estas modificações respiratórias
os estudos acerca do uso da VNI na ELA verificam: as trocas gasosas e o
equilíbrio ácido básico, por meio da gasometria arterial, a Saturação
Periférica de Oxigênio (SpO2), através da oximetria, a força dos músculos
ventilatórios, utilizando a manovacuometria, e a mensuração dos volumes,
capacidades e índices integrados, por meio da espirometria. Vale ressaltar que
a indicação da VNI nos portadores de ELA vem sendo indicada quando há uma
redução de 50% do valor predito para Capacidade Vital Forçada (CVF) (PRESTO;
ORSINI; PRESTO; CALHEIROS; FREITAS; MELLO; REIS; NASCIMENTO, 2008).
Ensinar ao
paciente e seus cuidadores as técnicas de movimentos expiratórios assistidos
usando a tosse assistida manualmente, também pode ser feita pelo fisioterapeuta
(XEREZ, 2008).
A degeneração
dos neurônios motores inferiores e superiores, atingindo a medula espinhal, o
tronco encefálico e o córtex motor resultam na definição da ELA como doença do
neurônio motor. No momento que os músculos ventilatórios são comprometidos os
indivíduos apresentam restrições pulmonares, caracterizadas por redução da
Capacidade Vital (CV) e do Volume Corrente (VC) com, consequente, insuficiência
respiratória crônica (PRESTO; ORSINI; PRESTO; CALHEIROS; FREITAS; MELLO; REIS;
NASCIMENTO, 2008).
É
sabido que não há uma terapia curativa para ELA. Porém, os efeitos das
intervenções refletem na melhoria da qualidade de vida e o aumento da sobrevida.
Um exemplo é a deterioração da função ventilatória, um importante fator de
impacto na qualidade de vida e sobrevivência destes doentes. A melhora desta
qualidade se reflete após o tratamento dos distúrbios do sono com suporte
ventilatório não invasivo durante o período noturno na fase inicial da doença
(BANDEIRA; QUADROS; ALMEIDA; CALDEIRA, 2010).
A utilização da
VNI nos pacientes com ELA tem sido empregada nos últimos anos com o objetivo de
corrigir a insuficiência respiratória e, por conseguinte, melhorar a qualidade
de vida e prolongar a sobrevivência destes indivíduos. Entretanto, algumas
dúvidas ainda existem quanto ao prolongamento da vida após o uso de VNI nas
fases iniciais do acometimento respiratório (PRESTO; ORSINI; PRESTO; CALHEIROS;
FREITAS; MELLO; REIS; NASCIMENTO, 2008).
O uso de
ventilação mecânica não invasiva durante o exercício aeróbico permitiu uma
maior tolerância à realização da atividade física. Tal recurso permitiu que os
pacientes que realizaram o exercício aeróbico, mesmo em um estágio mais
avançado da doença, desfrutassem dos benefícios resultantes da prática de
exercícios demonstrados neste estudo através de um retardo na progressão da
doença e de um melhor desempenho nos testes da função respiratória
(FACCHINETTI; ORSINI; LIMA, 2009).
A fisioterapia
respiratória parece melhorar a qualidade de vida e reduzir as complicações
respiratórias causadas pela retenção de secreção e perda da capacidade de tosse
(PRESTO; ORSINI; PRESTO; CALHEIROS; FREITAS; MELLO; REIS; NASCIMENTO, 2008).
Referências
BANDEIRA,
Fabricio Marinho; QUADROS, Nadja Nara C.; ALMEIDA, Karlo Josefo; CALDEIRA,
Rafaela. Avaliação da
qualidade de vida de pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica
(ELA) em Brasília. Artigo Cientifico (Rev Neurocienc 2010;18(2):133-138). Brasília, 2010. Disponível em:
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1802/412%20original.pdf.
Acesso em: 24/05/2013.
FACCHINETTI,
Livia D.; ORSINI, Marco; LIMA, Marco Antonio. Os riscos do exercício excessivo na Esclerose Lateral Amiotrófica:
atualização da literatura. Artigo Cientifico (Rev Bras Neurol, 45 (3):
33-38, 2009). Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0101-8469/2009/v45n3/a33-38.pdf.
Acesso em: 24/05/2013.
PRESTO,
Bruno; ORSINI, Marco; PRESTO, Luciana; CALHEIROS, Mirian; FREITAS, Marcos;
MELLO, Mariana; REIS, Carlos; NASCIMENTO, Osvaldo. Ventilação
Não-Invasiva e Fisioterapia Respiratória para pacientes com Esclerose Lateral
Amiotrófica. Artigo Cientifico (Rev Neurocienc 2008:in press). Rio de Janeiro,
2008. Disponível em: http://www.todosporela.org.br/site/downloads/5996deb2f4c5f5e755567a425e335bfb.pdf.
Acesso em: 24/05/2013.
XEREZ,
Denise R. Reabilitação na Esclerose
Lateral Amiotrofica: revisão da literatura. Artigo Cientifico (ACTA FISIATR
2008; 15(3): 182 – 188). Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: http://todosporela.org.br/site/downloads/ee63006941780db5ab3d929d906408bd.pdf.
Acesso em 25/05/2013.
INTERAÇÃO DAS DROGAS VASOATIVAS E A FISIOTERAPIA EM PACIENTES DE UTI
Pós Graduanda em Fisioterapia Intensiva: Katt Anne Simões Farias Lima
Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas
vasoativas são de uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva e o
conhecimento exato da sua farmacocinética e farmacodinâmica é de vital
importância para o intensivista, pois daí decorre o sucesso ou mesmo o
insucesso de sua utilização. O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias
que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos, sejam
eles diretos ou indiretos, atuando em pequenas doses e com respostas dose
dependente de efeito rápido e curto, através de receptores situados no
endotélio vascular.
Então, na maioria das vezes, é necessário o uso da
monitorização hemodinâmica, invasiva, quando da utilização dessas substâncias,
pois suas potentes ações determinam mudanças drásticas tanto em parâmetros
circulatórios como respiratórios, podendo, do seu uso inadequado, advirem
efeitos colaterais indesejáveis, graves e deletérios, que obrigam sua
suspensão.
Tem
como objetivo manter pressão arterial adequada e perfusão tecidual quando a
reposição volêmica adequada não consegue fazê-lo. Dar suporte inotrópico para
otimização do débito cardíaco conforme necessário. A terapia vasopressora não
deve ser iniciada a não ser que o paciente esteja com a volemia ajustada. O uso
de vasopressores pode ser necessário de forma transitória, mesmo com a volemia
não adequada, quando ocorrer hipotensão importante. Pressão arterial deve ser o
objetivo da terapia vasopressora e
a restauração de perfusão adequada o critério de efetividade.
A
perfusão tecidual e a oxigenação celular representam o mais importante objetivo
da circulação,que é o suprimento do metabolismo corporal mesmo em condições não
ideais. A oferta de oxigênio é a medida mais direta da função circulatória e o
consumo de O2 é a medida mais direta da atividade metabólica. Imagina-se,
então, que a distribuição inadequada de O2 , em face da demanda metabólica,
aumentada devido a fatores como trauma, perda de sangue e infecção, produzam
hipoxemia tecidual, disfunção orgânica e morte.
As
drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os parâmetros que regulam o
DC. Este é determinado pelo produto do volume sistólico (VS) e freqüência
cardíaca (FC). O VS depende das pressões e dos volumes de enchimento
ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da resistência ao
esvaziamento ventricular (pós-carga).
A
FC é determinada pela capacidade de reação cronotrópica do coração à
estimulação simpática, durante a reação de estresse. A distribuição de O2 aos tecidos depende diretamente do DC e do
conteúdo arterial de O2.
Por
outro lado, o VO2 varia de acordo com
necessidades metabólicas, sendo estas extremamente mutáveis e dependentes dos
mecanismos envolvidos na agressão e integridade teciduais.
A
fisioterapia no paciente criticamente enfermo na uti tem exigido cada vez mais com
que o fisioterapeuta forneça conhecimentos e embasamento científicos do seu
papel no manejo desse paciente crítico, sendo vista como uma parte integrante
da equipe multidisciplinar na maioria das UTIs, porém necessita demonstrar boa
relação custo benefício. Os pacientes na UTI têm múltiplos problemas que mudam rapidamente
em resposta ao curso da doença e a condução médica e diante do uso das drogas
vasoativas. Ao invés do tratamento padronizado, abordagens em condições
variadas, podem ser extraídas de princípios da prática, que podem orientar a
avaliação do fisioterapeuta, avaliação e prescrição das intervenções e suas
freqüentes modificações para cada paciente na UTI. É importante lembrar sempre e
termos em mãos recursos e abordagens atualizadas pois como a sua ação é
imediata temos que manter uma monitorização constante. as técnicas
fisioterapêuticas serão as mesmas porém usadas com cautelas respeitando os
critérios de restrições de acordo com o
quadro clinico no momento.
Bibliografia
1. Azeredo CAC - Fisioterapia
Respiratória. Bonsucesso, RJ. Panamed, 1984.
2.Fisioterapia-Educação
á distância.I. Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e
Fisioterapia em Terapia Intensiva.II.Jocimar Avelar III.Dias, Cristina Márcia.
3.Slutzky LC. In:Sarmento GJ,Vega JM,
Lopes NS. Fisioterapia
em UTI. Avaliação e Procedimentos.1.ed.São Paulo: Atheneu; 2006.v. 1.p.299-322.
A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA MOTORA EM PACIENTES CRÍTICOS
Pós Graduanda em Fisioterapia Intensiva: Cláudia Roberta
Em
muitos hospitais, a fisioterapia é vista como parte integrante do tratamento de
pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI). Imobilidade, descondicionamento físico e
fraqueza são problemas comuns em pacientes com insuficiência respiratória
ventilados mecanicamente e podem contribuir para o prolongamento da
hospitalização.
Pacientes em ventilação mecânica (VM) prolongada frequentemente
apresentam fraqueza da musculatura periférica e respiratória que prejudicam
seu estado funcional, nutricional e sua
qualidade de vida.
O objetivo da fisioterapia em pacientes na VM prolongada é
minimizar a perda de mobilidade, melhorar a independência funcional e facilitar
o desmame.
A
fisioterapia motora tem por objetivo específico evitar a síndrome do imobilismo
através de um programa de exercícios gradual que pode ser iniciado tão logo o
paciente o paciente se torne hemodinamicamente estável, com o objetivo de melhorar
a função cardiovascular, respiratória, musculoesquelética, além do bem estar
psicológico do paciente e de seus familiares, entre outras complicações.
Geralmente o sistema musculoesquelético é o mais acometido pelo
imobilismo, as limitações funcionais podem prejudicar as transferências,
posturas e movimento no leito e em cadeiras de rodas, dificultar as AVD`s,
alterar o padrão da marcha e aumentar o risco de formação de úlceras de
pressão.
Como
resultado de todas as alterações do sistema ósseo, articular e muscular, podem
surgir complicações graves a estes sistemas. É fundamental que o fisioterapeuta
além da preocupação quanto à melhora da capacidade respiratória, tenha muita
atenção à capacidade motora, tentar atuar juntamente pode trazer grandes
benefícios ao paciente acamado como: evitar atrofia muscular e manter e/ou
restaurar amplitude articular; prevenir trombose venosa profunda, embolia
pulmonar, pneumonias e hipotensão postural;
aliviar a dor; diminuir ou
prevenir edemas; melhora do condicionamento cardiovascular; reduzir o tempo de
internação; restaurar a funcionalidade para atividades de vida diária (AVDs); preparar
para deambulação, quando o paciente tiver tais condições.
O Tratamento
pode ser feito com exercícios passivos, ativo-assistido, ativo-livre,
ativo-resistido, isométricos. Promover a reeducação postural, a conscientização
corporal, o relaxamento muscular, estimular movimentação no leito e
independência nas atividades.
Segundo Fraça et al., 2009, as complicações
inerentes à VM prolongada são de origem multifatorial. A imobilidade no leito, desordens
clínicas como a sepse e a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS),
déficit nutricional e exposição a agentes farmacológicos como bloqueadores
neuromusculares e corticosteróides, traduzem todos os fatores que podem afetar
adversamente o status funcional e resultar em maior período de
intubação orotraqueal e internação hospitalar.
A
mobilização precoce tem mostrado redução no tempo para desmame da ventilação e
é a base para a recuperação funcional. Nela devem estar incluídas, atividades
terapêuticas progressivas, tais como exercícios motores na cama, sedestação a
beira do leito, ortostatismo, transferência para a cadeira e deambulação.
O
posicionamento adequado no leito dos pacientes na UTI pode ser usado com o
objetivo fisiológico de otimizar o transporte de oxigênio através do aumento da
relação ventilação-perfusão (V/Q), aumento dos volumes pulmonares, redução do
trabalho respiratório, minimização do trabalho cardíaco e aumento do clearance
mucociliar. Além de também otimizar o transporte de oxigênio, a mobilização
reduz os efeitos do imobilismo e do repouso. Os exercícios passivos,
ativo-assistidos e resistidos visam manter a movimentação da articulação, o
comprimento do tecido muscular, da força e da função muscular e diminuir o
risco de tromboembolismo. Portanto, a mobilização precoce é um procedimento
viável e seguro, que promove aumento da força muscular, permite em poucos dias
a transferência do paciente da cama para a cadeira e a deambulação, e um menor
tempo de internação na UTI e hospitalar.
Os
riscos da imobilização em doentes críticos ventilados mecanicamente não são bem
esclarecidos. Entretanto, é evidente que os sobreviventes apresentem fraqueza
e fadiga persistente, prejudicando sua qualidade de vida. A mobilização precoce
é uma área nova e com poucas evidências até o momento. No entanto, recentes
estudos têm confirmado que a mobilização em pacientes ventilados mecanicamente
é um procedimento seguro e viável, diminuindo o tempo de internação na UTI e
hospitalar. Porém mais estudos se fazem necessário para se identificar o tipo
de exercício, duração, intensidade e a repercussão da fisioterapia motora
precoce em grupos específicos de pacientes.
Especializanda: Cláudia Roberta
Tavares da Silva.
Referência:
França EET, Ferrari FR, Fernandes
Patrícia V, Cavalcanti R, Duarte A, Aquim EE, Damasceno MCP. Força tarefa sobre
a fisioterapia em pacientes críticos adultos: Diretrizes da Associação
Brasileira de Fisioterapia Respiratória e Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR) e
Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). [Internet]. [citado 2009
Nov 11]. Disponível em: http://www.amib.org.br/pdf/DEFIT.pdf
Manobra de Bag Squeezing e seus benefícios
Pós Graduanda em Fisioterapia Intensiva: Nathalye Veras César
A técnica de Bag
Squeezing também conhecida como de técnica de hiperisuflação pulmonar, foi
descrita em 1968 por Clemente e Hubsch consiste em uma serie de excursões
respiratórias ampla, profundas, com uma pausa inspiratória de 3 segundos, seguidos
de rápidas expiratórias para simular a tosse e liberação repentina com ambu, o
que gera um alto fluxo expiratório. Durante a fase expiratória e realizado a
vibrocompressão torácica de forma constante e lenta, proporcionando também o
fluxo expiratório e mobilização das secreções das vias aéreas inferiores para
as vias aéreas superiores sendo realizado após a aspiração traqueal.
Segundo Azeredo o uso do manômetro de pressão
e imprescindível (pressão máxima de 30 cm H2o), bem como o uso do soro
fisiológico para fluidificação da secreção. É uma técnica frequentemente
utilizada por fisioterapeuta na Unidade de terapia Intensiva para assistir o
paciente sob ventilação mecânica, tanto na prevenção do colapso pulmonar e
retenção de secreções, como atelectasias e infecções bronco pulmonares.
Segundo Berney
at; diversos estudos verificaram o aumento da complacência estática do sistema
respiratório, redução da resistência total do sistema respiratório, (aumento da
pressão arterial de oxigênio (PaO2) e da saturação arterial de
oxigênio (SaO2), além da resolução das áreas de atelectasia avaliada
por radiografia do tórax após aplicação da hiperinsuflação manual. Instabilidade
hemodinâmica, pressão intracraniana elevada, hemorragia Peri-intraventrIcular
grave, distúrbios hemorrágicos e refluxo gastresofágico são contraindicações da
técnica.
Segundo Menkes
at, a hiperinsuflação pulmonar parece promover a expansão das unidades
alveolares colapsadas, por meio do aumento do fluxo aéreo para as regiões
atelectasiadas, através dos canais colaterais, do mecanismo de interdependência
alveolar e da renovação de surfactante nos alvéolos.
Referência
Bibliográfica
AZEREDO, Carlos.
Fisioterapia respiratória moderna- São Paulo; Manole 1993.
BERNEY S, Denehy L, Pretto J; Menkes HA, Traystman RJ - Head-down tilt and manual hyperinflation
enhance sputum clearance in patients who are intubated and ventilated. Aust J
Physiother, 2004; 50:9-14. (Revista Bras. Terapia intensiva) - 2007
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