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quarta-feira, 5 de junho de 2013

CONDUTA FISIOTERAPEUTICA NO PACIENTE COM DRENO FECHADO DE TÓRAX

Pós Graduanda Adriana Marília Guerra Barreto Damasceno



O dreno de tórax tem como objetivo remover o ar, líquido ou sangue alojados entre as pleuras; restaurar a pressão negativa no espaço pleural; reexpandir um pulmão colapsado ou parcialmente colapsado e evitar o refluxo da drenagem de volta para o tórax, O dreno torácico é aplicado quando ocorre lesão, cirurgia ou qualquer ruptura na integridade dos pulmões ou da cavidade torácica. Está indicado na presença de hemotórax, pneumotórax, hemopneumotórax, empiema na cavidade pleural, quilotórax e hidrotórax; que são decorrentes de traumas, neoplasias, presença de doença pulmonar, ventilação mecânica e até mesmo falta de vedação do sistema de drenagem. Embora a incidência de morte pelas lesões torácicas ocupe lugar de destaque nas estatísticas mundiais, grande parte dos pacientes, com este tipo de trauma, pode ser tratada sem grandes procedimentos cirúrgicos, reservando-se a drenagem pleural fechada para cerca de 85% dos casos.Os procedimentos de drenagens torácicas são frequentes, principalmente nos traumas torácicos fechados, tanto no hemotórax quanto no pneumotórax. A retirada do liquido pleural permite a expansão do pulmão e o contato entre as pleuras, com consequente obliteração do espaço pleural. Esse procedimento provoca alterações na expansabilidade torácica por causa da dor e da restrição no hemitorax adjacente à drenagem.Todos os métodos de reexpansão aumentam o volume pulmonar aumentando o gradiente de pressão trans pulmonar( PL), que representa a diferença da pressão alveolar e a pressão pleural. A inspiração profunda espontânea aumenta a PL, diminuindo a pressão pleural (exercícios respiratórios ativos, incentivadores respiratórios e manobras manuais).Por outro lado, a pressão positiva, aumenta a PL devido ao aumento de pressão dentro do alvéolo (RPPI). O aumento do volume pulmonar reeinsufla porções colapsadas do pulmão por meio do aumento da ventilação colateral, sendo que pressões maiores ou iguais a 15 cmH2O são capazes de reexpandir atelectasias alveolares através dos poros de Konh. A fisioterapia é frequentemente utilizada na prevenção e tratamento de complicações pulmonares pós-operatorias como as atelectasias, derrames pleurais e pneumonias, tentando acelerar o processo de recuperação da função pulmonar.Existem alguns meios a ser utilizados para a realização da fisioterapia respiratória no pós-cirurgico, como manobras de fisioterapia que compreende uma cadeia de condutas e ou recursos pertencentes  ao fisioterapeuta que são; A reexpansão pulmonar que promove a insuflação e a depuração do pulmão colapsado ou obstruído por quadros infecciosos. As terapias de expansão da caixa torácica alteram o gradiente de pressão transpulmonar para aumentar o volume pulmonar. O gradiente de pressão transpulmonar é obtido pela diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural e quanto maior for o gradiente de pressão maior a expansão pulmonar. As técnicas de inspiração profunda e de compressão-descompressão alteram o gradiente pela diminuição da pressão pleural. As manobras de compressão e descompressão bruscas consistem na aplicação de uma pressão manual ao nível das costelas inferiores durante a fase expiratória seguida uma descompressão brusca no início da inspiração, o que resulta numa variação elevada do fluxo inspiratório e no aumento da excursão diafragmática local. De acordo com Regenga, esta manobra facilita uma contração mais forte dos músculos da região alongada, provocando um maior esforço inspiratório, no entanto a eficácia dessas manobras exige excelente coordenação paciente-terapeuta. Os incentivadores respiratórios também amplamente utilizados na fisioterapia são instrumentos auxiliares à terapia, não devendo ser utilizados como único modo de expansão torácica. pressão positiva continua na via aérea (CPAP), pressão positiva continua em dois níveis pressóricos nas vias aéreas  ( BIPAP), pressão positiva expiratória (EPAP), são métodos  e ou  recursos seguros e de fácil aplicação aos pacientes.

Referências Bibliográficas

West JB. Fisiologia respiratória moderna. 3ª ed. São Paulo: Manole; 1990.

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