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quinta-feira, 6 de junho de 2013

INTERAÇÃO DAS DROGAS VASOATIVAS E A FISIOTERAPIA EM PACIENTES DE UTI

Pós Graduanda em Fisioterapia Intensiva: Katt Anne Simões Farias Lima



Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas vasoativas são de uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva e o conhecimento exato da sua farmacocinética e farmacodinâmica é de vital importância para o intensivista, pois daí decorre o sucesso ou mesmo o insucesso de sua utilização. O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos, sejam eles diretos ou indiretos, atuando em pequenas doses e com respostas dose dependente de efeito rápido e curto, através de receptores situados no endotélio vascular.
Então, na maioria das vezes, é necessário o uso da monitorização hemodinâmica, invasiva, quando da utilização dessas substâncias, pois suas potentes ações determinam mudanças drásticas tanto em parâmetros circulatórios como respiratórios, podendo, do seu uso inadequado, advirem efeitos colaterais indesejáveis, graves e deletérios, que obrigam sua suspensão.
Tem como objetivo manter pressão arterial adequada e perfusão tecidual quando a reposição volêmica adequada não consegue fazê-lo. Dar suporte inotrópico para otimização do débito cardíaco conforme necessário. A terapia vasopressora não deve ser iniciada a não ser que o paciente esteja com a volemia ajustada. O uso de vasopressores pode ser necessário de forma transitória, mesmo com a volemia não adequada, quando ocorrer hipotensão importante. Pressão arterial deve ser o objetivo da terapia vasopressora e a restauração de perfusão adequada o critério de efetividade.
A perfusão tecidual e a oxigenação celular representam o mais importante objetivo da circulação,que é o suprimento do metabolismo corporal mesmo em condições não ideais. A oferta de oxigênio é a medida mais direta da função circulatória e o consumo de O2 é a medida mais direta da atividade metabólica. Imagina-se, então, que a distribuição inadequada de O2 , em face da demanda metabólica, aumentada devido a fatores como trauma, perda de sangue e infecção, produzam hipoxemia tecidual, disfunção orgânica e morte.
As drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os parâmetros que regulam o DC. Este é determinado pelo produto do volume sistólico (VS) e freqüência cardíaca (FC). O VS depende das pressões e dos volumes de enchimento ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da resistência ao esvaziamento ventricular (pós-carga).
A FC é determinada pela capacidade de reação cronotrópica do coração à estimulação simpática, durante a reação de estresse. A distribuição de O2  aos tecidos depende diretamente do DC e do conteúdo arterial de O2.
Por outro lado, o VO2  varia de acordo com necessidades metabólicas, sendo estas extremamente mutáveis e dependentes dos mecanismos envolvidos na agressão e integridade teciduais.
A fisioterapia no paciente criticamente enfermo na uti tem exigido cada vez mais com que o fisioterapeuta forneça conhecimentos e embasamento científicos do seu papel no manejo desse paciente crítico, sendo vista como uma parte integrante da equipe multidisciplinar na maioria das UTIs, porém necessita demonstrar boa relação custo benefício. Os pacientes na UTI têm múltiplos problemas que mudam rapidamente em resposta ao curso da doença e a condução médica e diante do uso das drogas vasoativas. Ao invés do tratamento padronizado, abordagens em condições variadas, podem ser extraídas de princípios da prática, que podem orientar a avaliação do fisioterapeuta, avaliação e prescrição das intervenções e suas freqüentes modificações para cada paciente na UTI. É importante lembrar sempre e termos em mãos recursos e abordagens atualizadas pois como a sua ação é imediata temos que manter uma monitorização constante. as técnicas fisioterapêuticas serão as mesmas porém usadas com cautelas respeitando os critérios de restrições de  acordo com o quadro clinico no momento. 
  



Bibliografia





1. Azeredo CAC - Fisioterapia Respiratória. Bonsucesso, RJ. Panamed, 1984.
2.Fisioterapia-Educação á distância.I. Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva.II.Jocimar Avelar III.Dias, Cristina Márcia.
3.Slutzky LC. In:Sarmento GJ,Vega JM, Lopes NS. Fisioterapia em UTI. Avaliação e Procedimentos.1.ed.São Paulo: Atheneu; 2006.v. 1.p.299-322.


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