Pós Graduanda em Fisioterapia Intensiva: Katt Anne Simões Farias Lima
Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas
vasoativas são de uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva e o
conhecimento exato da sua farmacocinética e farmacodinâmica é de vital
importância para o intensivista, pois daí decorre o sucesso ou mesmo o
insucesso de sua utilização. O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias
que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos, sejam
eles diretos ou indiretos, atuando em pequenas doses e com respostas dose
dependente de efeito rápido e curto, através de receptores situados no
endotélio vascular.
Então, na maioria das vezes, é necessário o uso da
monitorização hemodinâmica, invasiva, quando da utilização dessas substâncias,
pois suas potentes ações determinam mudanças drásticas tanto em parâmetros
circulatórios como respiratórios, podendo, do seu uso inadequado, advirem
efeitos colaterais indesejáveis, graves e deletérios, que obrigam sua
suspensão.
Tem
como objetivo manter pressão arterial adequada e perfusão tecidual quando a
reposição volêmica adequada não consegue fazê-lo. Dar suporte inotrópico para
otimização do débito cardíaco conforme necessário. A terapia vasopressora não
deve ser iniciada a não ser que o paciente esteja com a volemia ajustada. O uso
de vasopressores pode ser necessário de forma transitória, mesmo com a volemia
não adequada, quando ocorrer hipotensão importante. Pressão arterial deve ser o
objetivo da terapia vasopressora e
a restauração de perfusão adequada o critério de efetividade.
A
perfusão tecidual e a oxigenação celular representam o mais importante objetivo
da circulação,que é o suprimento do metabolismo corporal mesmo em condições não
ideais. A oferta de oxigênio é a medida mais direta da função circulatória e o
consumo de O2 é a medida mais direta da atividade metabólica. Imagina-se,
então, que a distribuição inadequada de O2 , em face da demanda metabólica,
aumentada devido a fatores como trauma, perda de sangue e infecção, produzam
hipoxemia tecidual, disfunção orgânica e morte.
As
drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os parâmetros que regulam o
DC. Este é determinado pelo produto do volume sistólico (VS) e freqüência
cardíaca (FC). O VS depende das pressões e dos volumes de enchimento
ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da resistência ao
esvaziamento ventricular (pós-carga).
A
FC é determinada pela capacidade de reação cronotrópica do coração à
estimulação simpática, durante a reação de estresse. A distribuição de O2 aos tecidos depende diretamente do DC e do
conteúdo arterial de O2.
Por
outro lado, o VO2 varia de acordo com
necessidades metabólicas, sendo estas extremamente mutáveis e dependentes dos
mecanismos envolvidos na agressão e integridade teciduais.
A
fisioterapia no paciente criticamente enfermo na uti tem exigido cada vez mais com
que o fisioterapeuta forneça conhecimentos e embasamento científicos do seu
papel no manejo desse paciente crítico, sendo vista como uma parte integrante
da equipe multidisciplinar na maioria das UTIs, porém necessita demonstrar boa
relação custo benefício. Os pacientes na UTI têm múltiplos problemas que mudam rapidamente
em resposta ao curso da doença e a condução médica e diante do uso das drogas
vasoativas. Ao invés do tratamento padronizado, abordagens em condições
variadas, podem ser extraídas de princípios da prática, que podem orientar a
avaliação do fisioterapeuta, avaliação e prescrição das intervenções e suas
freqüentes modificações para cada paciente na UTI. É importante lembrar sempre e
termos em mãos recursos e abordagens atualizadas pois como a sua ação é
imediata temos que manter uma monitorização constante. as técnicas
fisioterapêuticas serão as mesmas porém usadas com cautelas respeitando os
critérios de restrições de acordo com o
quadro clinico no momento.
Bibliografia
1. Azeredo CAC - Fisioterapia
Respiratória. Bonsucesso, RJ. Panamed, 1984.
2.Fisioterapia-Educação
á distância.I. Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e
Fisioterapia em Terapia Intensiva.II.Jocimar Avelar III.Dias, Cristina Márcia.
3.Slutzky LC. In:Sarmento GJ,Vega JM,
Lopes NS. Fisioterapia
em UTI. Avaliação e Procedimentos.1.ed.São Paulo: Atheneu; 2006.v. 1.p.299-322.
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